*Bianca Aichinger e Susana Azevedo
É preciso administrar a nossa energia. E não o nosso tempo. Um pensamento que provoca reflexão e também questionamentos: quer dizer que todo o esforço para “fatiar” as horas, os minutos, para que as tarefas profissionais e pessoais caibam na agenda é coisa do passado? Sim e não. O assunto precisa igualmente ser fatiado. E você vai gostar do resultado.
O dia tem 24 horas. Isso não pode ser modificado. Mas você pode mudar a forma com a qual organiza o seu tempo, com eficiência. O objetivo – dar ótimos resultados para a empresa – precisa ser combinado com a manutenção da sua saúde e do seu bem estar. Em tempos agitados e de busca por longevidade, crescimento sustentável passa a ser um termo relevante, já que engloba o olhar de produtividade também no médio e longo prazos..
Há um exemplo que pode ilustrar bem o que estamos expondo. Um atleta busca a alta performance. No entanto, ela só será atingida por meio do equilíbrio entre treino e descanso. Trabalhar “menos” agora para trabalhar melhor depois, e possibilitar um trabalho consistente e sem interrupções inesperadas por esgotamento físico e mental.
Sem esses (auto) cuidados, surgem os tão debatidos problemas modernos, como a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional, distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico. Os registros de pessoas com questões emocionais profundas e debilitantes são crescentes e deram origem ao movimento do Setembro Amarelo, campanha que teve como objetivo inicial a prevenção ao suicídio, mas que passou a englobar outros temas relacionados à saúde mental de forma mais abrangente. Especialistas dizem que vivemos o século do cansaço. Isso pode, porém, ser mudado com as mudanças de hábitos.
Este movimento de repensar a rotina e como administramos nosso tempo de forma efetiva começa com o autoconhecimento. Como o dia tem 24 horas para todos, e isso não pode ser mudado, é necessário descobrirmos de que forma rendemos mais. Em tempos de estímulos e responsabilidades sem fim, passa a ser essencial termos clareza de que tipo de situações, tarefas ou atividades recarregam as baterias, e quais geram consumo, e em que nível. A agenda com a marcação minuciosa de responsabilidades e compromissos vai continuar, mas nela estará registrada a gestão de forma mais consciente e qualitativa. Assim como gerimos nosso saldo bancário, precisamos também gerir nosso saldo de energia. Não somos máquinas, e ao passarmos a nos organizar de forma a intercalar atividades geradoras de energia entre atividades que nos demandam e consomem, temos um dia-a-dia mais produtivo e também prazeroso.
Tony Schwartz, autor do livro The Power of Full Engagement (O Poder do Engajamento Total), explora conceitos sobre como gerenciar a energia, em vez do tempo, para otimizar o desempenho e melhorar a qualidade de vida, através de rituais de recuperação intencionais. Ele indica a existência de quatro fontes de energia: a física, a emocional, a mental e a espiritual. Para ser eficiente e eficaz, a gestão da energia requer um olhar holístico, equilibrado e individualizado destes quatro pilares da nossa energia vital. Segundo o especialista, para construir uma maior capacidade, é preciso ir além do atual limite de desgaste para que se consiga um bom rendimento. Aqui cabe novamente o exemplo dos atletas.
A chave para o alto desempenho e equliíbrio, então, começa com nossa humanização: o entendimento de que não somos máquinas, e portanto, precisamos carregar e recarregar nossas baterias de forma consiente e consistente. Conseguimos isso através de rotinas estruturadas que devem ser executadas com regularidade, além de clareza de prioridades.
Será que você está administrando bem os recursos de que dispõe? Os diversos papéis que exercemos nos colocam em posição de extrema pressão para que rendamos sempre mais. Para isso, no entanto, é preciso que você descubra seu próprio caminho, por meio de uma gestão cuidadosa de energia (que por si influenciará sua gestão do tempo), para alcançar seus melhores resultados. Produtividade, saúde, e bem estar podem, enfim, conviver em harmonia.
A Quantum pode ajudar os líderes nesta jornada de autoconhecimento e gestão de energia. Vamos trabalhar juntos?
*Bianca Aichinger e Susana Azevedo são ex-executivas, coaches e sócias-proprietárias da Quantum Development.
Sobre a Quantum Development – diferenciando-se do mercado “comoditizado” de desenvolvimento, a Quantum foi criada com o propósito de apoiar organizações e líderes em sua busca por transformação para lidarem com um mundo em constante evolução e se tornarem “future fit”. Em seu portfólio de serviços, a Quantum oferece soluções integradas de desenvolvimento profissional para equipes, grupos e indivíduos que buscam estratégias de transformação eficazes e coerentes com seus valores.