Negócios com base tecnológica e crescimento rápido e escalável, as startups são hoje mais de 12.700 no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Nascidas já no ambiente digital e conhecidas por equipes jovens convivendo em escritórios informais ou em um modelo de trabalho híbrido, essas empresas também enfrentam desafios parecidos com as empresas formais: engajar e desenvolver lideranças e equipes.
Já é de senso comum que cultura das empresas nativas digitais e startups se difere dos modelos tradicionais por serem mais jovens e ousadas, desapegadas de burocracias e formalidades que são predominantes em empresas mais conservadoras. Isso, no entanto, não as isenta de dúvidas a respeito do desenvolvimento de equipes e das lideranças. Os profissionais dessas empresas se adaptam melhor às mudanças e ao ambiente em constante movimento, mas também sentem a necessidade de serem ouvidos, entenderem o propósito do seu trabalho e terem prioridades e direcionais claros, funções normalmente atribuídas à liderança.
A cultura organizacional de empresas nativas digitais e startups é associada à autonomia e à ideia de manter profissionais felizes e confortáveis como se estivessem em casa. Mas sabemos que isso não significa falta de metas ou descaso com resultados. No final do dia, mesmo que em um ambiente descontraído, o resultado do negócio é o foco, afinal a geração de resultados financeiros é essencial para que a empresa cumpra seu propósito. Esta busca por resultados pode ser palco de muita pressão sobre equipes compostas de pessoas muito diversas e na sua maioria jovens.
Acreditamos que é preciso que a alta gestão esteja atenta ao comportamento de líderes e equipes para que a descontração seja uma contribuição ao desempenho e não apenas uma distração. A comunicação precisa ser clara, intencional e frequente – propósito, missão e prioridades precisam estar alinhadas em todos os níveis e áreas para que o processo flua na velocidade que o mercado exige. Para que esta comunicação aconteça, as empresas precisam estar cientes de que o desenvolvimento das equipes é um esforço constante, uma iniciativa que trará sustentabilidade ao negócio e a permanência dos melhores talentos.
Inovação, criatividade e crescimento acelerado são as palavras-chave da cultura das empresas nativas digitais por isso a autonomia e a autoliderança se fazem essenciais, assim como a capacidade de aprender. No entanto, para que as equipes consigam avançar de forma positiva e eficaz neste ritmo acelerado, a colaboração e a comunicação se fazem ainda mais necessárias do que em ambientes mais tradicionais, em que os ciclos são mais longos.
E como atingir evolução e equilíbrio em ambientes tão acelerados?
Conciliar foco, colaboração e autonomia nas startups nascidas na era digital pode ser desafiador, mas é essencial para o sucesso dessas empresas. Aqui, listamos algumas estratégias que podem ajudar nesse processo:
- Definir objetivos e prioridades claras: é importante estabelecer metas, objetivos e prioridades claras para a organização, e hiper comunicá-los. Isto é ainda mais relevante na nova economia, dada a frequência de alteração do contexto e do direcional. Para tanto, a empresa precisa se utilizar tanto de ferramentas de comunicação modernas, quanto de processos estruturados para tal. Canais de comunicação interna eficientes são elementos estratégicos.
- Empoderar os colaboradores: é crucial proporcionar um ambiente de trabalho que valorize a colaboração e a autonomia. Líderes devem desenvolver a capacidade de ouvir e de incentivar a participação ativa de todos os membros da equipe. Implementar um modelo de trabalho de liderança compartilhada pode ser desafiador, e requer que o líder desenvolva sua capacidade de comunicação e co-criação.
- Promover a colaboração interdisciplinar: nestas organizações, equipes geralmente são compostas por membros com habilidades e conhecimentos diversos, que precisam trocar. Esta troca precisa ser estimulada pela liderança, que por si necessita estar extremamente alinhada. Equipes cuja liderança está alinhada e que comunicam este alinhamento para seus colaboradores, tendem a gerar ambientes de trabalho mais produtivos, colaborativos e engajantes.
- Cultivar a cultura do aprendizado contínuo: em empresas da nova economia, é ainda mais importante criar um ambiente que estimule o aprendizado contínuo e o desenvolvimento pessoal, dado que conhecimentos se tornam obsoletos em maior velocidade. Ao promover uma cultura de experimentação e aprendizado, os colaboradores se sentem encorajados a explorar novas ideias e abordagens, estimulando a inovação e o crescimento da organização. Para que esta cultura de fato exista, a alta liderança precisa fomentar um ambiente de alta segurança psicológica, em que erros são aceitos e vistos como parte do processo de inovação.
Além de fomentar o desempenho organizacional, uma pesquisa recente da McKinsey pontuou que o que os colaboradores mais valorizam atualmente em seu trabalho é a possibilidade de aprendizado e avanço na carreira. Além disto, trabalho com significado ou propósito e flexibilidade também apareceram no topo da lista de suas prioridades.
Por onde começar?
Conciliar foco, colaboração e autonomia nas startups e empresas da nova economia requer um equilíbrio entre direcionamento estratégico e incentivo à participação e autonomia dos colaboradores. Ao promover uma cultura de colaboração, comunicação eficiente e aprendizado contínuo, é possível obter o melhor desses três elementos, impulsionando o crescimento e o sucesso da organização
Em ritmo acelerado, líderes acabam tendo dificuldades de criar espaços para reflexão, criação e aprendizado coletivo. Uma das metodologias que pode auxiliar estes líderes a se desenvolverem, desenvolverem suas equipes e uma cultura que seja propícia ao sucesso neste segmento, é o coaching de equipes.
O coaching de equipes permite tirar as equipes daquele dia a dia em que as coisas são feitas automaticamente, abrindo um espaço para a reflexão. É uma oportunidade de trabalhar o autoconhecimento e de apoiar estas equipes na construção de confiança e de melhorar suas formas de trabalho. Os profissionais envolvidos são estimulados a compreender o propósito de seu trabalho e o propósito da empresa, estabelecendo uma conexão genuína com a organização, com os seus pares e seus líderes.
Sobre a Quantum Development – diferenciando-se do mercado “comoditizado” de desenvolvimento, a Quantum foi criada com o propósito de apoiar organizações e líderes em sua busca por transformação para lidarem com um mundo em constante evolução e se tornarem “future fit”. Em seu portfólio de serviços, a Quantum oferece soluções integradas de desenvolvimento profissional para equipes, grupos e indivíduos que buscam estratégias de transformação eficazes e coerentes com seus valores.